A escassez de
semicondutores tem recebido os holofotes do setor automotivo, porém a carência de pneus tem afetado a
produção do segmento de caminhões e máquinas agrícolas.
Borracha natural
A borracha pode ser obtida através do petróleo ou de forma natural, através de seringueiras. Na área industrial, a borracha derivada do petróleo é a preferida, enquanto a natural geralmente fica reservada a produções específicas como luvas e embalagens – dois artigos que sofreram um boom com a pandemia de Covid-19.
Para obter a borracha natural, a indústria depende da exportação de grandes produtores como a Tailândia e Vietnã, e/ou de pequenos proprietários locais.
Origem do problema: pandemia
Sabemos que, com a pandemia, o transporte marítimo foi desregulado e a importação de insumos foi amplamente afetada, prejudicando a relação comercial com os grandes produtores e pressionando fornecedores locais, com limitada capacidade em atender a forte demanda rapidamente.
Sendo assim, a demanda de borracha derivada de petróleo foi afetada igualmente, provocando alterações em seu abastecimento e preço ao longo de toda a cadeia, incluindo as montadoras.
“Em alguns casos, estamos entregando caminhões com pneus a menos”, declarou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Enquanto a Anfavea realiza tratativas com fabricantes e também com a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) em busca de melhorias no mercado interno, já existem montadoras estudando a importação de pneus. Entretanto, ainda segundo Moraes, “Não é simples importar pneus. São várias configurações com diferentes especificações e os testes até a aprovação final demoram cerca de 12 meses”.
Com notícias como essas, é crucial enfatizar a importância da extensão da vida útil dos pneus existentes, através do conserto, recapagem e recauchutagem. A Anchieta usa de tecnologia de ponta para devolver aos pneus suas características originais em resistência e durabilidade, se tornando uma alternativa econômica e estratégica nos dias de hoje.