Um programa de investimentos de 1 bilhão de reais foi anunciado no início de fevereiro, pelo grupo Volvo, fabricante de caminhões, ônibus e máquinas de construção. O programa atuará no país entre 2020 e 2023, prevendo melhorias no setor de desenvolvimento de novos produtos e serviços. Em 2019 a marca emplacou cerca de 14,5 mil unidades, o que representou um aumento de 58% em relação ao ano anterior, encerrando o ano com um faturamento recorde de R$ 9,3 bilhões, 13% superior em relação a 2018.

O presidente do grupo na América Latina, Wilson Lirmann, afirma que “Parte dos investimentos será direcionado para o desenvolvimento de novos fornecedores da cadeia local”. Segundo ele, o país é o segundo maior mercado de caminhões para o grupo Volvo no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

O executivo acrescenta que, diante da queda da taxa básica de juros (Selic), o mercado de caminhões reduziu consideravelmente a dependência do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Finame. Há alguns anos, mais de 90% das vendas do setor eram feitas através do crédito do banco de fomento. Hoje, segundo estimativas de mercado, giram em torno de 60%.

“A recuperação gradativa da economia ajudou nesses resultados” afirma Lirmann, que também compara a volta dos investimentos com o período pré-crise. “O segmento pesado voltou praticamente aos níveis pré-crise”, destaca.

Devido a retomada da economia, geração de empregos e aumento do consumo, espera-se que a venda dos semipesados seja mais expressiva. A Volvo não vigora entre as marcas mais populares nos semipesados. Por isso, desde o ano passado desenvolve ações pontuais e também direcionadas ao pequeno frotista como financiamento com taxas diferenciadas.

Fonte: ESTADÃO e EXAME.