A Petrobras anunciou na quarta-feira dia 27 de novembro, um aumento no preço da gasolina em 4% em suas refinarias. A empresa já havia comunicado um aumento em 2,8% na semana anterior. O montante refere-se ao combustível vendido para seus distribuidores – postos de gasolina. Contudo, o valor que o consumidor final irá pagar derivará de cada posto, misturas de biocombustíveis e impostos.
O reajuste aconteceu devido a valorização do dólar em relação à moeda brasileira, com base na cotação internacional do petróleo e o câmbio. Agora, a gasolina está em cerca de 1,92 real por litro, maior valor desde o fim de maio (quando fechou em 1,95 real).
O etanol anidro, que é usado na mistura com a gasolina tipo C, também aumentou. O litro está sendo comercializado a R$ 2,1470, valorização de 2,43% em relação à semana anterior ao dia 27 de novembro, quando o mesmo era vendido a R$ 2,0960/L – índice Cepea/Esalq, da USP.
A partir dessa semana (4 de dezembro), a Petrobras anunciou que elevará, também, o preço do diesel em suas refinarias. Até então este não havia sofrido alterações como a gasolina. Registra-se portanto, o maior valor desde o fim de setembro desse ano, com um aumento de cerca de 2%. O combustível atingirá aproximadamente R$2,27 por litro nas refinarias.
A alta é a 11ª consecutiva desde setembro e o valor do combustível nas bombas já ultrapassa o número registrado em maio de 2018, quando foi desencadeada a greve dos caminhoneiros.
O economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Eleutério, diz que a alta do dólar produz um efeito devastador, pois, cria uma espécie de dominó, fazendo com que os demais preços sejam contaminados.