O caminhoneiro tem grande importância no papel da economia brasileira, visto que, são responsáveis pelo abastecimento de produtos essenciais. Para garantir que a categoria continue ativa em tempos de isolamento social, o governo brasileiro estabeleceu algumas medidas, como melhorias nas condições de trabalho e redução de burocracias rotineiras.
No dia 23 de março, o Ministério da Infraestrutura anunciou que vai suspender postos de balanças de pesagem – a fiscalização do peso dos veículos – nas rodovias federais por 90 dias. Por sua vez, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou no dia 19 uma série de flexibilizações em prazos durante a pandemia, sendo as principais:
– Pessoas com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida desde 19/02/2020 passam a ter o documento validado por tempo indeterminado;
– Prazos para recursos de multa e de suspensão do direito de dirigir também ficam suspensos; e entre outros.
Essas medidas garantem que o condutor tenha menor contato possível com outras pessoas. Além do mais, o presidente do Conselho Superior e de Administração do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Tayguara Helou, recomenda que trabalhadores que são grupo de risco para o novo coronavírus sejam afastados de seus postos de trabalho.
Dado a importância da prevenção da nova doença, a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), anunciou a distribuição de álcool em gel nas praças de pedágio e a instalação de postos de atendimento nas estradas para verificar a saúde dos caminhoneiros, para medição da temperatura corporal dos condutores.
De toda a carga transportada no Brasil, 61% é feito pelo modo rodoviário. Cerca de 20%, pelo modo ferroviário — sendo que neste, 80% são minérios e o restante, grãos como soja, milho. O transporte rodoviário é fundamental pois há a dependência de abastecimento de alimentos, combustível, produtos industrializados e outros, feito por ele.